Dor
Perguntas Frequentes

Quais os tipos de dor?

A dor é um importante mecanismo de segurança do nosso organismo, funcionando como um alarme, com o propósito de não piorar as lesões. Os tipos de dor variam de acordo com a sua duração, perceção e estímulos que a desencadeiam.1,2

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A dor aguda funciona como um alerta para uma lesão, por exemplo uma queda ou uma queimadura, ou até da própria intervenção médica, como é o caso da dor aguda pós-operatória. Assim, a dor aguda é um sintoma que se reveste de particular importância para o diagnóstico de diversas doenças, sendo a principal causa de procura de cuidados médicos.
Apesar da sua utilidade, a dor aguda deve ser tratada.

Ao contrário da dor aguda, a dor crónica não representa qualquer efeito benéfico para o doente. É definida como uma dor que persiste durante pelo menos 3 a 6 meses, o que significa que muitas vezes persiste para além do tempo necessário para a cura da lesão que lhe deu origem, ou simplesmente existe sem que haja qualquer lesão visível.
A dor crónica causa sofrimento ao doente e tem impacto na sua saúde física e mental. É muitas vezes responsável por insónias, ansiedade e depressão e pode mesmo levar ao suicídio.
Se sofre de dor crónica procure a ajuda do seu médico.3

Após uma lesão ou doença que afeta o sistema nervoso somatossensorial periférico, pode desenvolver-se uma síndrome de dor crónica, designada por dor neuropática periférica. A neuropatia periférica mais comum é a neuropatia periférica diabética dolorosa, no entanto existem muitas causas possíveis para o desenvolvimento de dor neuropática periférica, tais como doenças (p.ex. VIH/SIDA, cancro, diabetes), toxinas ou medicamentos, ou como efeito secundário de um trauma ou cirurgia.8,9

Quando tentam descrever o tipo de dor que sentem, os doentes descrevem a sua dor como sensação de:
i) queimadura;
ii) picada;
iii) choque elétrico;
iv) formigueiro;
v) frio;
vi) corte.7

É o tipo de dor física mais comum associada a estímulos na pele, músculos, ossos ou tecidos, que desencadeiam a perceção de dor. Associada à dor radicular (raízes nervosas), dor somática (localizada e associada a movimentos) e dor visceral, normalmente descrita como dor aguda.

  1. Yong-Hui Zhang,Daniela Adamo, Howe Liu, Quanxing Wang,Wen Wu, Yi-Li Zheng and Xue-Qiang Wang. (2023). Editorial: Inflammatory pain: mechanisms, assessment, and intervention. Front. Mol. Neurosci.,Sec. Pain Mechanisms and Modulators, Volume 16. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnmol.2023.1286215/full [última consulta em fevereiro de 2024]

  2. B. L. Kidd, L. A. Urban. (2001). Mechanisms of inflammatory pain. BJA: British Journal of Anaesthesia, Volume 87, Issue 1, 1 June 2001, Pages 3–11. https://academic.oup.com/bja/article/87/1/3/304226 [última consulta em fevereiro de 2024]

  3. Associação Portuguesa para o Estudo da Dor. Sobre a Dor – Definição – Dor Aguda vs Dor Crónica https://www.aped-dor.org/index.php/sobre-a-dor/definicoes

  4. Associação Portuguesa para o Estudo da Dor. Sobre a Dor – Definição – Dor Aguda vs Dor Crónica https://www.aped-dor.org/index.php/sobre-a-dor/definicoes 

  5. Bridin P Murnion. (2018). Neuropathic pain: current definition and review of drug treatment. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6003018/

  6. Jorge Hernâni-Eusébio, Filipa Fontes, Rita Mendes. Dor no doente com dor neuropática: abordagem e tratamento. https://apmgf.pt/wp-content/uploads/2022/11/Dor-no-doente-com-dor-neuropa%CC%81tica.pdf

  7. Zakka, T., & Jacobsen-Teixeira, M. (2020). Dor neuropática. Diagnóstico e tratamento. Medicina Interna de México, 36(S1), 9-12. https://www.medigraphic.com/pdfs/medintmex/mim-2020/mims201d.pdf 

  8. Colvin LA, Dougherty PM. Peripheral neuropathic pain: signs, symptoms, mechanisms, and causes: are they linked? Br J Anaesth. 2015;114(3):361-363.

  9. Baron R, Maier C, Attal N, et al. Peripheral neuropathic pain: a mechanism-related organizing principle based on sensory profiles. Pain. 2017;158(2):261-272.


RT/OUT24/PT/028

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