Dor
Nutrição

Benefícios da alimentação na gestão da dor: conselhos práticos

A desnutrição, hábitos alimentares pouco saudáveis e ingestão alimentar desadequada podem ter um papel significativo no desenvolvimento e prognóstico da dor crónica

5 min

Benefícios da alimentação: o controlo da dor através dos alimentos

A melhoria dos hábitos alimentares deve ser considerada como uma medida não farmacológica que funcionará como um bom aliado no tratamento da dorDeste modo, o alívio da dor crónica pode ser conseguido através da diminuição de alimentos pró-inflamatórios e do aumento da ingestão de gorduras não-saturadas, de frutas e de vegetais

Benefícios da alimentação: recomendações nutricionais para doentes com dor crónica

Antes de mais, é importante existir uma avaliação nutricional no início do tratamento, uma vez que existem fatores de risco relacionados com a nutrição e que estão ligados à dor crónica:³

  • Desnutrição;
  • Alteração de peso;
  • Resultados bioquímicos atípicos;
  • Queixas gastrointestinais;
  • Má ingestão alimentar;
  • Outras comorbilidades (diabetes, depressão, doença cardiovascular).

A dor crónica está relacionada com a inflamação, stress oxidativo e uma dieta pouco saudável.³ Existem alguns alimentos que podem funcionar como um bom aliado na luta contra a dor

Frutas e vegetais

É importante ingerir uma variedade de frutas e legumes, pois são alimentos que contêm fitonutrientes que diminuem o stress oxidativo e a inflamação.3As frutas e legumes contêm, ainda, polifenóis que apresentam propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.⁴

Pão, cereais e grãos

Escolha opções integrais, ricas em fibras e com baixo índice glicémico. As fibras e os probióticos melhoram a saúde e microbioma intestinal, que pode ter influência na dor e inflamação.3

Fontes saudáveis de gordura

Alguns alimentos estão associadas à diminuição da inflamação, devido à presença de gorduras saudáveis, nomeadamente3:

  • Carnes magras (frango, pequenas quantidade de carne vermelha);
  • Peixes gordos;
  • Legumes;
  • Nozes e sementes.

Laticínios

Laticínios como iogurtes, leite e queijo têm proteínas, que permitem aumentar a força, e uma variedade de vitaminas, minerais e gorduras importantes.3

Gorduras e óleos

A ingestão alimentar de ómega-3 e de gorduras monoinsaturadas reduz a inflamação³. Alguns alimentos ricos em ómega-3 são5:

  • salmão;
  • cavala;
  • anchovas;
  • sementes de chia;
  • linhaça; 
  • nozes.

Açúcares adicionados e alimentos ultraprocessados

O consumo de alimentos ultraprocessados e açúcares deve ser reduzido pois aumenta o stress oxidativo e a inflamação.3

Líquidos³

É aconselhado beber entre 2 a 3 litros de água por dia e limitar a ingestão de cafeína. Isto porque a desidratação aumenta a sensibilidade à dor.3

  1. National Library of Medicine. The Importance of Nutrition as a Lifestyle Factor in Chronic Pain Management: A Narrative Review. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36233817/ [Consultado em abril 2024]

  2. National Library of Medicine. Dietary Patterns and Interventions to Alleviate Chronic Pain. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7551034/ [Consultado em abril 2024]

  3. National Library of Medicine. The Importance of Nutrition as a Lifestyle Factor in Chronic Pain Management: A Narrative Review. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9571356/ [Consultado em abril 2024]

  4. International Association for the Study of Pain.Nutrition and Chronic Pain. Disponível em: https://www.iasp-pain.org/resources/fact-sheets/nutrition-and-chronic-pain/ [Consultado em abril 2024]

  5. Robertson, R., & Ritcher, A. (2023). Omega-3-6-9 Fatty Acids: A Complete Overview. Healthline. https://www.healthline.com/nutrition/omega-3-6-9-overview [Consultado em abril 2024]


RT/OUT24/PT/022

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